segunda-feira, 23 de junho de 2008

As inovações tecnológicas e suas aplicações

Escola Alemã


Die Deutsche Schule, o futuro I.F.E.T. - P.R.

O Brasil, em meados do século XIX, na era pós-colonial e na efervencência do Imperialismo mundial passou a acolher mais imigrantes do que anteriormente em quantidades consideráveis - entre eles os alemães. Mais precisamente, Curitiba, escolhida capital da nova província tornou-se a nova receptora desses imigrantes pois representava uma nova chance de se obter sucesso economicamente. No entanto, a cidade estava impregnada por uma outra cultura, o catolicismo e (obviamente) a língua portuguesa. Esse foi o maior estímulo aos imigrantes alemães a criarem um meio de preservar a sua cultura, sua língua, sua religião e suas tradições. Em 1866 congregaram a comunidade evangélica - e três anos mais tarde surgia a Escola Alemã.


História

Inicialmente as aulas eram dadas nas dependências da Igreja. Entretanto, com o aumento de matrículas e, portanto, a necessidade de aumentar os espaço de ensino, foi contruído o edifício sede. Em 1914, a Escola Alemã mudou sua denominação para “Colégio Progresso”, porém, ela era continuou conhecida como a Deutsche Schule. Com a onda de nacionalismo lançada pela imprensa e o torpedeamento do vapor "Paraná" pelos alemães, as manifestações populares recrudesceram e a escola foi depredada. Terminada a guerra, a comunidade germânica veio em socorro. Apesar disso, muitos alunos ingressaram (ou já haviam ingressado) em outras escolas e como resultado em 1920 possuía 86% de seus alunos antes do fechamento.

Ainda em 1929, o Colégio Progresso comemorava seus sessenta anos de atividades, tentando superar suas próprias dificuldades e se dar a ver como uma instituição que desempenhava uma nobre missão preservando suas tradições para as futuras gerações. Criara o curso ginasial, totalmente ministrado em português, sendo a primeira escola comunitária teuto-brasileira a conseguir tal autorização no Brasil, e adquirira um conjunto de treze lotes, com 118,44m. de frente para a Rua General Carneiro e 144,21m. de fundos para a Rua Padre Camargo. Fato interessante, em 1930 foi considerada a mais antiga escola de Curitiba.

Nos anos seguintes, a comunidade Alemã brasileira foi se tornando cada vez mais importante. Isto é, na prática, estava tomando cada vez mais importância no comércio interno e a necessidade de fortalecer a sua cultura e sua própria comunidade era indispensável. Em certos lugares, como em cidades periféricas, havia uma pobreza importante e uma desorganização política e econômica estava presente. Além disso, a própria escola sofria de falta de finanças. Por isso, até 1938, junto ao nacionalismo alemão crescente, reformas importantes foram realizadas: os métodos de ensino foram revistos, foi exigida uma maior participação dos pais e dos alunos (As atividades realizadas exigiram a participação dos sujeitos enquanto alunos daquele estabelecimento de ensino, como aquele onde se reunia o Círculo da Juventude Teuto-Brasileira, Deutsch-Brasilianischer Jugendring, também chamada pela população de Juventude Hitlerista). É importante ressaltar de que as mudanças "alemãs" não ocorreram somente na educação. As células do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, NSDAP, fundadas na América do Sul, estavam vinculadas à uma organização do Partido Nacional Socialista para o Exterior, Auslandsorganisation, (A. O.) que auxiliava a formação de outras associações. Em Curitiba, sabe-se que estas existiam em grande número.

A partir de 1938, o colégio Progresso teve de se adaptar aos tempos modernos. Um exemplo de mudança é o Decreto Federal n.º 406, de 4 de maio de 1938, que impedia que o ensino fosse ministrado em qualquer outro idioma que não o nacional. Uma conseqüencia disso foi a passagem dos certificados de conclusão de curso do alemão ao português.

Finalmente, passou por um novo período de sua história, esse em que estamos agora: a cultura alemã da escola foi desaparecendo sendo que agora ela está praticamente inexistente; a própria escola mudou várias vezes de endereço para ruas próximas e trocou de nome: passou por Academia Comercial Progresso, Escola Técnica do Comércio e finalmente, em 1990, Escola Técnica da Universidade Federal do Paraná. E agora em 2008 está se desvinculando da U.F.P.R. para se tornar o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (I.F.E.T.).


Foco: a Arquitetura


O primeiro edifício da Escola construído teve sua arquitetura bem planejada, intencionalmente para tornar-se um lugar representativo de uma atividade educacional. Ele era simples, compacto, cravado ao lado da praça Dezenove de Dezembro, num terreno quadrilátero, contornado por um muro de alvenaria.Algumas reformas em seu espaço físico foram concretizadas no início do século XX, conferindo-lhe maior visibilidade aos valores e opções que ali estavam ali acimentados. Sua arquitetura materializava algumas concepções, ressaltadas na ocasião dos festejos da imigração: se um povo tem cultura, não se mostra porém unicamente no homem em si e nas suas formas de vida de sociedade, mostra-se também do modo como elle forma o seu ambiente, como como constroe a sua casa, como arranja a sua habitação, como trata a paizagem em que vive (Müller-Freienfels - 1929).

Na década de 1930, o edifício possuía dois pavimentos e um amplo sótão, dando a impressão de um terceiro piso. Isolado, com suas quatro laterais totalmente expostas, destacava-se no conjuto espacial, diferenciando-se das moradias de seu entorno, atraindo olhares, reafirmando sua identidade. Todas as paredes receberam frisos horizontais contornando o perímetro da construção. As seis janelasdo segundo piso tinham as padieiras retas guarnecidas de cornijas curvas, as do térreo eram em volta batida, emolduradas por cornijas retas. As paredes laterais, mais estreitas, eram recortadas por quatro janelas em cada piso e terminavam em um frontão com três janelas sem adornos. O acesso à entrada principal era feito pela Rua Barão do Serro Azul. Subiam-se sete degraus e alcançava-se o alpendre cujos pilares recebiam os esforços solicitados pela sacada existente no segundo patamar. Sobre esta, uma mansarda cuja janela proporcionava a entrada de e ar para o sótão. Em frente ao prédio, a escada e os espaços livres do jardim acolhiam os alunos e visitantes.

O edifício era circundado por um pátio cuja composição espacial correspondia a usos e funções diferenciados. O portão principal abria-se para o jardim, um recinto abrigando árvores e folhagens, a "pedagogia da paisagem" que molda as pessoas. Fato interessante havia um grande carvalho que sempre impressonavam os alunos. Na lateral norte, voltada para a rua Inácio Lustosa, ficavam os sanitários femininos e, no lado sul, junto à praça Dezenove de Dezembro, os masculinos. Deste lado, ao longo do tempo foram colocadas barras paralelas para ginástica e foi contruída uma quadra aberta. Nos fundos, com vistas para a rua Riachuelo, havia um pequeno portão utilizado pelos alunos.

As salas de aula, em número de oito, eram divididas entre os dois pavimentos e suas amplas janelas forneciam a rápida circulação, conforme as prescrições higienistas. A Escola, considerada mista nas estatísticas, por aceitar alunos dos dois sexos, sua proposta era de co-educação, mas dividia seu espaço tanto internamente quanto externamente, impedindo que meninos ou meninas sentassem juntos nas salas de aula ou participassem de brincadeiras conjuntas, à hora do recreio pois "O pátio era dividido por uma linha imaginária. Sempre, niguém invadia" (Roberto).

Subindo o último lance da escada, chegava-se ao terceiro piso, o sótão, onde a presença de alunos era permitida apenas em algumas ocasiões. Sabe-se que o espaço foi ocupado pela residência da família do zelador, Sr. Alfredo Nitsche e sua esposa, Sra. Paula, também chamados de "inspetores de alunos". Os rearranjos do espaço interno ocorriam em resposta às necessidades. A contrução de uma nova sede fazia parte dos planos da escola, suas condições financeiras, porém, não haviam permitido a concretização do empreedimento. A solução encontrada foi alugar uma edificação situada defronte ao colégio, do outro lado da rua Barão do Serro Azul, no ano 1936. No que se refere ao material didático--pedagógico, a escola dispunha de amplos recursos, incluindo audiovisual. O material dos laboratórios existentes já se fazia notar desde o início do século, divulgado pela imprensa como aperfeiçoados apparelhos de para o ensino da physica, chimica e anatomia (Diário da Tarde, 19/12/1907). Com o correr do tempo foram sendo adquiridos novos aparelhos para experimentação científicas, nichos, armários de despejo fechados por paredes de vidro, mesa de balanças, dando lugar a modernos laboratórios. A ordem e a limpeza, bem como o trato do material e o mobiliário escolar foram enfatizados pela pedagogia disciplinar.

No decênio de 1930, entretanto, o Estado Brasileiro voltava seu olhar em direção ao estabelecimento de um colégio cultural comum e visava incluir a todos em seu projeto. Com a legislação impondo limites e exigindo o ensino na língua nacional, o Colégio Progresso foi obrigado a reformular suas práticas escolares, caracterizadas até então pela manutenção das tradições, cultura e idioma alemães. Mesmo que algumas adaptações tivessem sido realizadas ele desestruturou-se. No desenrolar deste processo, ela foi desapropriada e seu edifício escolar demolido, na primeira metade da década de 1940.


Hoje

Hoje, fim de 2008 e junto o fim da Escola Técnica da U.F.P.R., começa o I.F.E.T.. Espacialmente, isso não deveria trazer mudanças. O endereço atual, Rua Doutor Alcides Vieira Arcoverde, 1225, deve se manter. Do ponto de vista cultural, o alemão praticamente despareceu; do ponto de vista do ensino, ele é agora todo brasileiro e adaptado aos tempos modernos; do ponto de vista arquitetônico, a estrutura é toda nova e não há a presença da arquitetura alemã. Um detalhe importante é que o prédio atual está divido em duas partes (um lado administrativo e outro destinado às aulas), com dois andares (sendo que o segundo possui laboratórios de Informática - somente, sem haverem outros como antigamente - mas não administração). Atrás da escola, há um terreno "verde" com uma quadra aberta, piscinas e um ginásio construídos (e melhorados) nas últimas décadas. Esse espaço escolar, deve possuir, por estimação, alguns hectares.

No futuro, uma nova escola estará presente. Depois dos 139 anos da Deutsche Schule, não se pode esquecer do passado e se deve sempre buscar fazer o melhor, e, quem sabe, a escola perpetue o ensino de boa qualidade e sempre seja um símbolo da história, não só da Escola, mas também do Paraná.

Imagens



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MEMBROS DA COMISSÃO ENCARREGADA DA CONSTRUÇÃO DO TEMPLO DA

COMMUNA EVANGÉLICA ALLEMÃ. DÉCADA DE 1890.

PLANTA DA CIDADE DE CURITIBA, 1894, COM O EDIFÍCIO ESCOLAR ASSINALADO.

CARTÃO-POSTAL COM AS IMAGENS DO TEMPLO CONSTRUÍDO PELA COMMUNA
EVANGÉLICA ALLEMÃ E DOS EDIFÍCIOS DA VEREIN DEUTSCHER SÄNGERBUND E DA
DEUTSCHE SCHULE, ESTE ABAIXO À ESQUERDA . INÍCIO SÉCULO XX.

ZEUGNISBUCH – BOLETIM DO ALUNO.

SOBREPOSIÇÃO DE IMAGENS REPRESENTATIVAS DA MATERIALIDADE DA CULTURA

ESCOLAR UTILIZADA NA ATIVIDADE EDUCATIVA DA DEUTSCHE SCHULE.

O EDIFÍCIO-ESCOLA, EM IMAGEM ANTERIOR AO ANO DE 1907.




Será que faço parte desse mundo?

O conceito de “fazer parte” se divide em vários aspectos.

O primeiro, juridicamente, faço parte, pois tenho um R.G., posso votar, etc..

Segundo, socialmente, faço parte, pois participo de seus componentes: vou à escola, suo os órgãos administrativos (polícia, bombeiros...).

Mas no aspecto humano, moral ? Toda pessoa nascida na sociedade de hoje fará parte dela, mas de que lado: do dominador ou dominado ? No meu caso, o jovem, é o que mais pode se adaptar: ao mesmo tempo em que forma opiniões, é o que melhor pode se preparar (a priori) para o futuro. Faço parte porque uso o que ela traz, me atualizo com a tecnologia. Mas a sociedade é um conjunto de pessoas organizadas, logo um conjunto de várias opiniões presentes simultaneamente. Diante da impossibilidade de se viver sozinho, faço parte desse mundo e continuarei a fazer parte dele; mas, segundo minhas ações, estarei em uma parte específica dele.





Benefícios e malefícios da tecnologia

Hoje, a tecnologia, a rigor o "estudo das técnicas", está integrado na vida cotidiana e se tornou indispensável à sociedade moderna. Ela se caracteriza pela facilidade em se realizar coisas comuns, como assar algo (i.e. é mais fácil usar um forno de que uma fogueira) - é a característica principal dessa nova era, a era cibernética. O desenvolvimento de tecnologia chegou atualmente a um ponto tão sofisticado que as boas e as más coisas chegm ao extremo.
Pessoas agonizantes conseguem sobreviver anos sem ter coração ou mesmo sem se alimentar, futuros nanorobôs promoverão operações delicadas em escala nanométrica, e assim por diante.
Por outro lado, a tecnologia também causou a criação de armas de destruição em massa e novas atividades criminosas (hacking, fraudes eletrônicas).
Então: é melhor ter... ou não ter a tecnologia? De certa forma, ela é indispensável a sociedade, e se bem utilizada permitirá a evolução da humanidade; caso contrário, será a responsável pelo seu colapso...
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A Tecnologia e o esporte

A tecnologia, ou mais especificamente as melhorias adquiridas no ramo da medicina permitem façanhas antes impossíveis. Por exemplo o atleta Oscar Pistorius consegue correr... sem a metade das pernas. Nesses casos os avanços tecnolõgicos serão também sociais - isto é, melhorarão a situação da pessoa na sociedade - pois o indivíduo se sentirá mais integrado em relação às outras pessoas. De certa forma, esses avanços em geral melhoraram a comunidade humana; em alguns casos são o eixo ou a ligação entre as pessoas com deficiências e o "resto".
No entanto, o acesso aos recursos tecnológicos é geralmente oneroso e às vezes complicado, logo seria interessante de que o governo o facilitasse, dando por exemplos bolsas ou criando uma estrutura governamental especializada nessa categoria de problemas (deficiências).
Enfim, a tecnologia pode ser uma coisa excelente para realizar sonhos de participar de uma maratona ou perseverar no desejo de jogar futebol [jogadores retirados por acidentes], é só uma questão de boa vontade dos órgãos superiores.


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Inovações tecnológicas da indústria têxtil

Desde a pré-história o homem busca proteger-se contra o meio com a ajuda de roupas. Inicialmente só uma proteção, com o tempo foi adquirindo a qualidade de “status”.




Elas vêm evoluindo, acompanhando o desenvolvimento da tecnologia: de peles rudimentares de animais, evolui já no inicio da pré-história para formas mais sofisticadas (uso de enfeites, penas, cores...), permitindo a diferenciação clara entre uma roupa feminina e uma roupa masculina, entre o chefe e os dominados, entre o jovem e o velho, e assim por diante.
















Além disso, cada estilo de roupa caracteriza uma civilização e certa época (diferenciar os anos 60 dos 80, um japonês de um russo...).





























Mais tarde, o seu desenvolvimento passou a ser focado na proteção efetiva: criação de armaduras, capacetes, etc., procurando aumentar o desempenho nas guerras (período dos grandes impérios).















Entretanto, o salto evolutivo ocorrido no último século permitiu façanhas muito mais avançadas: permitiu o homem sobreviver no espaço, permitiu escalar as mais altas montanhas, se aproximar da lava dos vulcões ou das profundezas dos oceanos...



















Mas essas inovações não aconteceram sozinhas: a produção de roupas, a indústria têxtil, se modernizou a partir do século XIX (1ª Revolução Industrial, na Inglaterra) e assim permitiu uma produção manufatureira de grande escala.
























Hoje a produção é robotizada, de rendimento muito alto e visa o lucro (capitalismo).
Além disso, o desenvolvimento relacionada às maquinas (de costura) e a criação de novos materiais, mais adaptados às necessidades das sociedades (por exemplo, a criação de tecidos leves, flexíveis e adaptados ao meio (aquático, terrestre...) aumenta o desempenho dos atletas, a criação de tecidos de seda atende à demanda de elegância da alta sociedade...).























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Blog Educativo

A Internet hoje esta adquirindo uma importância crescente a tal ponto que esta se tornando indispensável no mundo. Ela possui todo tipo de coisa, inclusive uma reserva cultural bastante grande: quem sabe procurar acha praticamente tudo.

Uma forma relativamente recente de comunicação recente de idéias e opiniões é o blog. Mais especificamente o “blog educativo”. Esse tipo de blog permite exprimir novos pensamentos conservando o caráter educativo: e uma forma de divulgação que, se usada adequadamente, pode ser muito produtiva.

Concluindo, hoje há varias formas de se comunicar, mas uma interessante e que tem futuro é o blog, o blog educativo.

Criado inteiramente por A. B.